Encerrando o mês de janeiro, temos o prazer de publicar nossa primeira entrevista no Mágico Vento Blog. O escolhido foi um grande amigo advogado e totalmente afccionado por quadrinhos de todos os estilo, estou falando do Matogrossense André Portococarrero que concedeu essa belíssima entrevista ao nosso Blog, vamos então a ela..
1) Olá Porto, é um prazer contar com sua disponibilidade cedendo essa entrevista ao Mágico Vento Blog. Primeiramente gostaríamos de lhe conhecer melhor: Onde nasceu, onde reside atualmente e o que faz profissionalmente?
Inicialmente agradeço a sua consideração Jário, muito legal mesmo participar do seu blog dedicado a Mágico Vento, que por sinal é excelente, um trabalho de notável dedicação e importante para a série no Brasil. Bom, Meu nome é André Guiherme Portocarrero, nasci em Campo Grande (atual MS) no ano de 1967, mas me considero matogrossensse, porque com a divisão de MT em 1977, meu coração não se dividiu. Moro em Cuiabá-MT desde 1972 e sou advogado.
2) Quando foi seu primeiro contato com Mágico Vento e qual foi a impressão que o personagem lhe passou?
Eu ví Mágico Vento quando saiu, achei legal, mas não comprei. De cara percebi que o autor usou a mesma sacada de Ken Parker claramente se inspirando em Daniel Day Lewis em O ÚLTIMO DOS MOICANOS. Chamou minha atenção, mas deixei passar. Tempos depois, me interessei pela capa de Mágico vento 20 - "O manicômio", cuja a história é desenhada por Corrado Roi... Fiquei fã na hora, faroeste, mistério, muitas coisas relacionadas ao fantástico e história americana tudo junto... O mesmo Manfredi para fazer isso com tanta qualidade.
3) O que diferencia Mágico Vento das outras publicações no cenário dos quadrinhos?
Como já disse, foi a qualidade dos roteiros e especialmente dos desenhos... É um quadrinho que se destaca dos demais... Tem muita informação, base literária, história americana e em conjunto com isso tem o desenho sempre em excelente nível... FRISENDA... MILLAZO... CORRADO ROI (sumido)...GORAN PARLOV... BARBATTI e RAMELLA... E as capas então... MAGNÍFICAS!...
4) Quantas revistas você dispõe do personagem em sua coleção e qual foi a história que mais lhe marcou?
Tenho a coleção completa, que fechei com a ajuda de um amigo do PORTAL TEXBR que não posso revelar o nome, mas agradeço de público, porque como disse começei no número 20 e se não fosse ele talvez ainda estivesse incompleta. Eu gosto de todas as histórias porque são geniais, mas a atual fase centrada na tomada das Black Hills envolvendo CUSTER e TOURO SENTADO, que irá culminar com o massacre de LITTLE BIG HORN é emocionante.
5) Como você vê atualmente o cenário Fumetti no Brasil?
Não vinha bem, eu mesmo só compro Mágico Vento e do Tex somente alguma coisa especial... Nada das séries, mas a publicação de TEX COLORIDO desde a primeira história, em edições de qualidade, trouxe novo ânimo aos quadrinhos Bonelli no Brasil. Novas gerações que não gostam de P&B e a velha guarda, pelo que tenho visto de suas reações e recepção estão motivados. Ken Parker pode embarcar nessa (já saíram 4 coloridos e tem material inédito), assim como Mister No e Nathan Never outros personagems que eu gosto.
6) Mágico vento é publicado no Brasil pela Mythos editora, no geral como você avalia o trabalho da editora com este título?
Sinceramente eu compro porque reconheço a qualidade das histórias, senão não compraria. Na verdade, considero que esse formatinho adotado pela Mythos me afastou da publicação no inicio, como foi o fator primordial de ter me afastado de Tex, mas não o abandonado, fazer o que? É assim o nosso mercado editorial. Nesse ponto defendo com unhas e dentes um Mágico Vento de verdade no número 100 que está chegando em outubro, ou seja, especial em cores e em formato italiano. O público que sustenta a publicação merece. É assim o nosso mercado editorial e, assim sendo, agradeço a Mythos por trazer e levar a frente Mágico vento no Brasil.
7) Sabemos que a saga do Mágico Vento está chegando ao fim na Itália, o que você pensa a respeito dessa decisão que foi tomada pelo criador do personagem, o roteirista Manfredi?
Concordo, o Manfredi optou desde o inicio da série a inserir seus personagens em eventos reais e cronológicos. Ned Ellis não é só ficção e toda saga tem um desfecho, especialmente a da fronteira americana, com isso o autor não perderá a qualidade que é a marca maior da publicação.
8) Obrigado pela entrevista pard, deixo em aberto esse espaço para considerações finais...
Eu é que agradeço seu convite e sua distinta consideração e, mais uma vez louvo seu abnegado trabalho em favor desse maravilhoso personagem. Que ecoe na Itália!!! Parabéns!!!!